08 de mar de 2025
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Mulheres que transformam - liderança e superação no mundo corporativo
Conheça histórias inspiradoras de mulheres que desafiaram barreiras e estão mudando o cenário empresarial

São Paulo, março de 2025
No Mês Internacional das Mulheres, celebramos as conquistas e desafios enfrentados por mulheres que, com determinação e resiliência, têm transformado o cenário corporativo brasileiro.
Embora a presença feminina em cargos de liderança tenha apresentado avanços nos últimos anos, a representatividade ainda está aquém do ideal. Segundo um estudo realizado pela Bain & Company, o número de mulheres ocupando cargos de CEO no Brasil aumentou de 3% para 6%, enquanto a participação feminina em posições executivas subiu de 23% para 34%.
A trajetória de Adriana Lago, Diretora de TI e Inovação da Jamef, empresa referência em transporte e logística no Brasil é um exemplo inspirador de como a perseverança pode romper barreiras. Com 25 anos de carreira no setor de tecnologia, Adriana enfrentou desafios significativos por ser mulher e nordestina em um ambiente predominantemente masculino. Desde os tempos de faculdade, quando era uma das duas mulheres em uma turma de 50 alunos no curso de Ciência da Computação, até sua posição de liderança dentro da empresa, ela desafiou estereótipos e se tornou referência no setor.
“A representatividade feminina e a equidade de gênero no mercado de trabalho são essenciais para um futuro mais inclusivo. As empresas têm um papel fundamental em incentivar a participação das mulheres na tecnologia e logística, abrindo caminhos para novas conquistas e transformações”, destaca Adriana Lago.
Já Andrea Rivetti, CEO e fundadora da Arklok – empresa especializada em full outsourcing de tecnologia –, sempre teve paixão pela área. Embora tenha se graduado em Direito, decidiu seguir o caminho do empreendedorismo em tecnologia. Para isso, dedicou-se a cursos de montagem e manutenção de microcomputadores enquanto pesquisava o mercado, culminando na criação da Arklok.
“Enfrentei o desafio de convencer empresários sobre as vantagens da locação de equipamentos em um mercado tradicionalmente patrimonialista. É preciso que a paixão e a inovação superem os obstáculos, abrindo caminho para outras mulheres no setor de tecnologia”, pontua Andrea Rivetti.
Com mais de 30 anos de dedicação à Fujitsu General do Brasil, multinacional japonesa de ar-condicionado, Marli Garcia, gerente de Recursos Humanos, testemunhou a evolução da empresa e construiu laços que transcendem o ambiente de trabalho, tornando-se uma extensão de sua família.
Iniciativas que inspiram
Independente da área de atuação, a presença feminina no mercado de trabalho é parte fundamental para o crescimento de qualquer corporação. A diversidade de gênero tem impacto positivo na produtividade e inovação, um estudo da ONU Mulheres mostrou que organizações com maior equilíbrio entre homens e mulheres têm até 15% mais chances de aumentar sua lucratividade.
Como exemplo disso, na SH, empresa brasileira desenvolvedora de soluções inovadoras para o setor da construção civil, a inclusão de mulheres em cargos de liderança é uma prática. Com Ruth Castro na cadeira de CEO, a companhia possui iniciativas que promovem o desenvolvimento profissional e abre espaço para que cada vez mais mulheres cresçam com a organização.
Outro destaque vai para a SPAR Brasil, uma das principais empresas de merchandising de varejo do País, com presença em todo o território nacional, que ampliou seu comitê executivo e agora conta com 62% de mulheres na gestão da companhia, com lideranças femininas atuando em cargos de gerência, coordenação e diretoria.
Além disso, a SPAR Brasil possui a certificação LVCM (Espaço Livre de Violência contra a Mulher) destinada a empresas que adotam código de ética, política de igualdade de gênero e ações que combatem a violência contra mulher. Para receber a certificação, a empresa passou por avaliações que garantiram o desenvolvimento constante de práticas conscientes e responsáveis que garantem a integridade e segurança das mulheres em seu ambiente corporativo.
Apesar dessas histórias inspiradoras, os dados mostram que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a equidade de gênero nos cargos de liderança empresarial. Uma pesquisa da FIA Business School realizada em 2024 revelou que as mulheres ocupam apenas 28% dessas posições no Brasil, mantendo a proporção dos anos anteriores.
Os números reforçam a necessidade de políticas corporativas que promovam a inclusão e o desenvolvimento de lideranças femininas, garantindo que mais mulheres tenham oportunidades de ascender a posições de destaque. As histórias destacadas servem como um lembrete do potencial transformador das mulheres no mundo dos negócios e da importância de continuar avançando em direção a uma sociedade mais equânime e inclusiva.
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